sexta-feira, novembro 30, 2007

Pura Lua



Se ao olhar para a Lua, sente-se enganado, ludibriado, não esqueça tampouco que essa mesma luz o deixa admirado, fascinado.
Ela pode não ter a força, o calor do Sol, nem seu alcance, pode não ser capaz de fazer das trevas o dia, do inverno o verão, do claro o escuro, do frio a quentura.
Pode não atrair aos outros astros, fazendo-os girar ao seu redor!
Sim, nada disso pode, mas ainda assim é fascinante, admirável, talvez por mais irreal, ladra que seja a Lua, mais magnífica, encantadora nos parece.
Se ao olhar para a Lua sente-se enganado, seduzido, não esqueça que diferente daqueles que tem luz própria, que sem querer seduzem pela sua própria luz própria, como o Sol, a Lua esforça-se para encantar sem nada ter e para isso não rouba, toma emprestado, se faz refletir, lembrar quando o Sol já tinha se retirado.
A Lua pode não esquentar quando faz frio, mas nos faz esquecê-lo por um instante, pode não transformar escuro em claro, mas faz até do escuro um lugar belo, pode não fazer do inverno verão, mas aparece em mesma intensidade durante todo o ano, pode não levar as trevas e trazer o dia, mas acompanha as trevas para torná-la encantadora, pode não ter força, calor ou grande alcance, mas quando aparece majestosa é capaz de aprofundar-se nas almas, aquecer o coração de forma única.

Por isso não se engane com a Lua, ela não quer enganar ou fascinar, ela é pura e faz como pode para agradar...