quinta-feira, abril 24, 2008

meu quarto

havia em meu quarto

algo de imutável

um cheiro que ali impregnou há anos

a mobília tão bem encaixada

em seu devido lugar
o guarda-roupas, a escrivaninha, a cama e a cadeira

tudo num verso só

pois é pouca coisa para se estender em outras linhas

a roupa de cama encardida, os livros amarelos e as roupas

as roupas

que em toda sorte de fotografias já estiveram

e já guardaram seu lugar na história

nada muda ali há anos.

os contornos e traços não se confundem mais

as sombras pontuais

não me saem da memória

não me deixam sair da memória

assim como a esperança pertinente

de um dia explodir aquelas quatro paredes
e mandar tudo pra puta que pariu.

3 comentários:

Anne disse...

Erick...
Pq suas postagens aparecem com códigos estranhos entre as linhas? Não sou capz de entende-los!!!!!
Hauhauhauha
Explique-se! rs

erick disse...

de onde estou vendo não tem códigos estranhos..... se puderem consertar pra mim...

droga, achei que iria ser um comentário construtivo acerca de minha produção poética...
:(

Leandro disse...

sempre o tempo a colocar umidade nas paredes...