segunda-feira, janeiro 22, 2007

Na toca dos tigres

Nem sei se tigre tem cova, covil, toca ou alguma coisa que se valha, mas afinal onde é este esconderijo bondoso da existência? Porque se desse modo existir, uma traça deixaria o seu estado de roedor e buscaria roer outra coisa diferente da dor e roeria insensivelmente essa existência. Não basta ser tigre, ser traça, é preciso ter toca?

5 comentários:

Fábio Ortolano disse...

Ao meu ver sim. A toca é o lugar que nos aconchegamos, refletimos, entramos numa relação intrapessoal. Juntamos nossas coisinhas e experiências obtidas. Daí percebemos o valor da existência, entendemos porque as traças roem os tecidos das dores e aflições. Talvez os tigres não tenham esse abrigo, mas nós, seres racionais, certamente teremos.

Quanto à política do amor, confesso sentir-me alienado. Tenho medo das praticas atuais, e desejo que minha vida seja como os romances. Quero mais sensualidade, carícias, toques, cheiros...Imagem não é tudo!

Fábio Ortolano

henrique disse...

Quem tem cova é dente. E bochecha.

Leandro disse...

Não... Bochecha tem covinha.

henrique disse...

Pois é cova mesmo assim.
Também defunto as possui.

Leandro disse...

Então também é a casa de ladrões, de alguns, dos desarranjados.