Nascera,
Um pouco vivera,
Se iludira, caipira, e viera.
Investira e perdera.
Não usufruira.
Não obtivera o que pedira.
Se abrira e desiludira, discutira,
De nada servira.
E a mentira, ouvira.
E a ira, crescera.
Agora, considera.
Pra onde a vida o conduzira,
O confundira: caíra.
Medita e conspira. (Inspira... Expira... Inspira... Expira...)
(Inspira expira inspiraexpirainspiraexpira...)
Vacila.
Transpira.
Perspira.
Suspira. Não mais importa ao que aspira.
Já não aspira a nada.
Chora.
Já decidira:
A arma retira.
Inspira expira inspira expira...
Transpira.
Delira.
Mira, na têmpora,
E atira.
O tempo pára.
É seu agora.
Não mais respira.
Do palco, se retira.
Se atira na pira,
Se expira. Partira.
Escoa...
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2 comentários:
Será que depois de escoar o tempo é mesmo da pessoa?
caramba.....
que poesia forte, os meus sentidos até acompanharam o delinear dos fatos relatados conforme fui lendo.....Seninha, como se inspirou? Ou melhor, houve inspiração para tal poesia, se houve, como houve?
estou um tanto confuso, demoro a capitar certas coisas....mas o "inspira, expira, inspira", nossa isso é adrenalizante...cara, parabéns....vc tem sucesso.
abraços
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