sábado, dezembro 23, 2006

Vira-se, então, perante o Absoluto, num momento que já não era, nem seria, e tampouco fora; num lugar que ao mesmo tempo (que não era nenhum) era lugar-nenhum e todo-lugar. Encontrava-se, sem encontrar (nem a si nem ao outro), perante e cercado, permeado e constituindo, enquanto, por sua vez (que era a mesma do outro) também como constituinte do Absoluto, da total unidade entre a essência e a aparência do mundo. Num instante que não existia, encontrava-se como que numa brecha do tempo, em termos compreensíveis para nós, enquanto que estava para além (ao mesmo tempo que aquém e junto) do tempo, num lugar que ficava além (e aquém e no) do espaço; era, então, naquele momento que não era momento, naquele lugar que não era lugar, o Absoluto.

Nenhum comentário: